Como pivotar sua startup pode expandir seus negócios
Pivotar, um termo usado na área de tecnologia, pode significar também reinventar seu negócio, saiba mais sobre isso.
Descubra como essa tática pode ajudar sua empresa a encontrar novas soluções e caminhos mais lucrativos.
Nos últimos anos, a palavra “pivot” tem sido bastante usada pela comunidade empreendedora do Vale do Silício. Por aqui, os brasileiros costumam usar “pivotar” na tradução livre para o português. O significado dessa expressão para uma startup, apesar de simples, é uma tática de negócios que pode definir se o projeto irá morrer ou crescer.
O que significa “pivotar” uma startup?
Em quase todo tipo de motor, existe uma peça que gira em torno do próprio eixo, chamada de pivô. Mas para uma startup, a analogia mais representativa é o movimento de um jogador de basquete: ele rapidamente para a jogada, mantém uma das pernas fixas, observa e gira em torno do seu eixo para explorar diferentes opções de passe.
Esse é o conceito do pivot em uma startup: girar em outra direção e testar novas hipóteses, mas mantendo sua base para não perder a posição já conquistada.
Existem diversos exemplos interessantes de pivot, mas dois são bastante conhecidos:
O Paypal começou como uma empresa de troca de dinheiro virtual entre dispositivos portáteis (você se lembra do Palm? Era a plataforma que eles usavam). Com o tempo, os fundadores perceberam que o seu serviço estava mesmo era nos micropagamentos e na troca de dinheiro via web, então mudaram o foco. Como pivotar sua startup pode expandir seus negócios
Empreendedores que estavam construindo um RPG multiusuário na internet um dia perceberam que o mercado de RPGs online estava saturado. Nesse momento, aproveitaram a funcionalidade que tinham projetado para trocar imagens entre jogadores e montaram o Flickr, hoje um serviço de compartilhamento de fotos famoso em todo o mundo.
Pivots são muito mais facilmente explorados em empresas de tecnologia porque seus ativos são em grande parte intangíveis, os custos são baixos e o mercado muda muito rápido. Por isso, é mais fácil readaptar a startup para um modelo mais escalável.
Mesmo assim, não se esqueça da diferença entre pivotar e desistir de um projeto para começar outro: quando desiste, tudo que você leva é a experiência e aprendizado de ter falhado. No pivot, você leva não só a experiência como também reaproveita os ativos que já construiu em favor de uma nova estratégia.
Autor convidado: Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora, para o Sebrae