Sobretudo em razão das vantagens e confiabilidade dessa tecnologia, a Certificação Digital tem apresentado um crescimento expressivo nos últimos anos. Apenas de agosto de 2018 a junho de 2019, mais de 5 milhões de certificados foram emitidos no Brasil, segundo dados do Instituto de Tecnologia da Informação (ITI).
Esses números, sem dúvida, indicam uma forte tendência na adoção dessa importante tecnologia. Por isso, conhecê-la mais a fundo é um passo crucial para aproveitar melhor os seus recursos e possibilidades, além de ser uma forma de se alinhar a uma ferramenta que tem muito a contribuir com a realidade dos negócios e das pessoas.
Pensando nisso, preparamos um glossário da Certificação Digital para explicar os 9 termos mais comuns relacionados à Certificação. Continue a leitura para aprender mais!
1. Certificado Digital
O Certificado Digital nada mais é do que uma espécie de identidade do seu portador em ambiente virtual. Ou seja, é uma ferramenta utilizada para validar a identidade do usuário, garantindo que ele é realmente quem diz ser.
Tecnicamente falando, o Certificado Digital é um arquivo eletrônico que contém diferentes caracteres e informações do seu titular, as quais são acessadas no momento da assinatura de um ato, a partir de complexos e robustos protocolos de criptografia.
2. e-CNPJ
O e-CNPJ é um modelo de Certificado Digital destinado ao uso das pessoas jurídicas. Na prática, ele funcionaria como um CNPJ eletrônico, útil para a formalização das mais diferentes transações e ações por meio online, como envio de dados e documentos às bases de dados da Receita Federal, login em ambientes seguros e restritos de órgãos públicos, além da assinatura de documentos digitais e emissão de NF-e.
3. A1 e A3
Esses são dois conceitos bastante comuns no universo da Certificação Digital. A1 e A3, na realidade, são termos técnicos que diferenciam a forma como o Certificado é utilizado, isto é, com ou sem uma mídia físcia.
Assim, A1 é o Certificado que se caracteriza principalmente pela não necessidade de suporte físico, ou seja, é instalado diretamente no dispositivo — um computador ou um servidor na nuvem —, podendo ser acessado apenas em determinada máquina. Além disso, sua validade é de até 1 ano.
Por outro lado, A3 é o tipo de Certificado Digital que funciona com base em um hardware. Ou seja, o Certificado é instalado em uma mídia física, como um Token. Nesse caso, ele pode ser transportado e utilizado em diferentes locais. Por essa razão, é o tipo de certificado mais comum entre profissionais da advocacia, contadores e médicos. Sua validade é de até 3 anos.
4. e-CPF
O Certificado Digital e-CPF é a identidade digital destinada ao uso da pessoa física. É uma versão digital do seu CPF. Assim como acontece com o e-CNPJ, que identifica a empresa em ambiente digital, o e-CPF faz o mesmo, mas com a pessoa física.
Além de identificar o usuário com total segurança e confiabilidade, o e-CPF é a base para a execução de inúmeros processos virtualmente. A exemplo, hoje é possível assinar contratos digitais, validar documentos, encaminhar declarações e outras obrigações acessórias ao Fisco, tudo isso de forma remota, ágil e com total validade jurídica.
5. GED
Não é possível elaborar um glossário da Certificação Digital sem citar a GED, Gestão Eletrônica de Documentos. Esse termo traduz um formato mais moderno e eficiente de se gerir documentos na atualidade. Sua característica principal é o rompimento com modelos tradicionais, que dependem de papel, impressões e processos físicos.
A GED, então, é uma metodologia de gerenciamento de documentos que se apoia no uso de documentos digitais, de existência apenas eletrônica. Dessa forma, eles ficam muito mais fáceis de serem armazenados, compartilhados e assinados. Ou seja, um formato muito mais alinhado com os padrões de conectividade e digitalização atuais.
6. Certificado Digital na nuvem
Esse termo conceitua um dos padrões mais atuais e modernos de utilização de um Certificado Digital. Nele, a instalação e utilização do Certificado são feitas de forma remota, sem a necessidade de mídias físicas, a partir de um serviço de nuvem.
De forma resumida, o Certificado Digital fica armazenado em um servidor na nuvem, podendo ser utilizado por meio de um computador ou de um dispositivo móvel com conexão com a internet. Com essa tecnologia, é possível assinar documentos e realizar transações com o Certificado em qualquer lugar, sem a necessidade de Token ou Smartcard.
Atualmente o Certificado Digital em nuvem é muito utilizado em hospitais, escolas e por pessoas físicas, como profissionais da área jurídica, contábil e médica. Nesse formato, a Soluti oferece uma solução exclusiva e inovadora: o Bird ID. Com essa ferramenta, o usuário consegue utilizar o seu Certificado Digital de maneira totalmente flexível e simples, diretamente do seu smartphone ou tablet, por exemplo.
Além disso, o Bird ID é uma solução acessível em termos de custos e necessidades, atendendo com precisão todos os perfis de usuários, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas.
7. ICP-Brasil
A ICP Brasil — ou Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira — é, em termos oficiais, “uma cadeia hierárquica de confiança que viabiliza a emissão de Certificados Digitais para identificação virtual do cidadão”.
Na prática, essa infraestrutura é um conjunto de procedimentos, práticas e técnicas responsável por dar suporte ao sistema criptográfico de que dependem os Certificados Digitais para operar de forma confiável e segura.
No Brasil, adotou-se o modelo de Certificação com raiz única. O ITI ocupa a posição de Autoridade Certificadora Raiz (AC-Raiz) e, ainda, é o órgão responsável por credenciar e descredenciar os demais participantes da infraestrutura, como as Autoridades Certificadoras (AC) — responsáveis pela emissão do Certificado Digital.
8. Token e Smartcard
Apesar de simples, esses são termos que se relacionam diretamente com o tema Certificação Digital. Por isso, é essencial conhecê-los também. Tanto o Token quanto o Smartcard são mídias físicas responsáveis por armazenar o Certificado Digital do tipo A3, a fim de que possa ser transportado e utilizado em diferentes localidades.
O Token, de maneira simplificada, é uma espécie de pen drive, utilizável diretamente via porta USB. Já o Smartcard é um cartão inteligente equipado um chip, cuja leitura depende do uso de uma leitora própria.
9. Criptografia
A criptografia é, sem dúvida, um dos termos mais comuns dentro da realidade da Certificação Digital. Isso porque a criptografia é a grande tecnologia responsável por permitir que a Certificação seja segura, confiável e disponha da mesma validade jurídica que qualquer autenticação mecânica.
De forma técnica, a criptografia está relacionada a um conjunto de algoritmos e cálculos específicos utilizados para codificar, embaralhar, uma determinada informação, para que ela possa trafegar em meio online, por exemplo, livre do risco de ser interceptada e acessada por quem não está autorizado.
Assim, a criptografia é a tecnologia responsável por tornar incompreensíveis dados sigilosos, permitindo que sejam acessados somente por quem tem as chaves adequadas para descriptografar.
Como foi possível perceber, o glossário da Certificação Digital tem por trás uma série de conceitos e termos técnicos. Conhecê-los e entende-los melhor, sem dúvida, é um passo importante para trazer essa tecnologia cada vez mais para a sua realidade, seguindo uma tendência já firmada na atualidade.