Como sair da crise e recuperar os negócios? Essa pergunta é feita por milhões de empresários, mas a resposta está menos na economia e mais na atitude de mudança do próprio gestor. Já ouviu falar que entre escombros também é possível encontrar as mais lindas flores, que insistem em sobreviver e reluzir em meio ao caos?
Pois bem, estamos vivendo uma crise política, dentro de uma crise sanitária, que sucede uma crise econômica. É o fim dos tempos? Não é o que pensam inúmeros CEOs que multiplicaram receitas corporativas em plena pandemia, como as do setor farmacêutico e de tecnologia (por conta da necessidade do mercado em investir recursos para trabalho remoto).
De fato, no mundo globalizado, enquanto alguns choram, outros vendem lenços. Mas você nem precisa ser de um segmento diretamente ligado à pandemia para tirar sua empresa do vermelho e aumentar o faturamento.
Isso porque, se retração significa queda de receitas, também leva ao enfraquecimento da concorrência e maior facilidade para conseguir crédito e inovar. Que tal encontrar oportunidades neste contexto? Vamos mostrar alguns caminhos para recuperar seus negócios! Confira!
Por que em momentos de crise muitas empresas vão à falência?
Em momentos desafiadores, muitas empresas vão à falência por não dispor de um fluxo de caixa adequado ou, simplesmente, por não ter se preparado ao longo dos anos para momentos de instabilidade.
Como é a lógica da natureza, um vendaval vai sempre destelhar mais facilmente as casas mais fragilizadas, mantendo em pé as construídas com melhores materiais e planejamento mais profissional. Assim também ocorre no mundo dos negócios.
Uma empresa com rigidez na gestão de custos e habituada a reinvestir o capital de giro para multiplicar seu patrimônio tem, obviamente, mais fôlego para superar momentos de retração do que as que já viviam no limite antes da pandemia.
Todavia, se por uma razão ou por outra, sua organização não estava tão bem, saiba que ainda assim há muitas oportunidades para sair do vermelho e entrar no “novo normal” pós-pandemia — muito melhor do que no início. Vamos mostrar os inúmeros caminhos sobre como sair da crise aproveitando espaços que a própria situação deixou.
Como sair da crise com inteligência e ação estratégica?
Pegando o exemplo do mercado financeiro, os últimos meses testemunharam picos de volatilidade que resultaram em prejuízos imensos a investidores menos preparados (e mais suscetíveis ao nervosismo dos pregões).
Enquanto isso, em outros pontos do país, outros traders (mais resilientes e com maior know-how para atuar durante a crise) aproveitaram a oportunidade para comprar ações mais baratas, semeando hoje o lucro que será colhido no futuro.
É preciso fazer de cada retração uma ponte para avanço cada mais vez mais forte em seu setor. Para além da obviedade genérica de “cortar custos”, sua empresa pode fazer isso com um conjunto de pequenas ações estratégicas, como as que você verá abaixo.
Renegociar dívidas com credores
A pandemia mudou não somente o cenário comercial de sua empresa, mas também, dos bancos, seguradoras, governos e indústria. Ou seja, toda a cadeia produtiva foi impactada da mesma forma, o que sinaliza chance de buscar novas condições em processos em andamento. É o caso da renegociação de dívidas.
O que você acharia de levar sua empresa a um feirão de renegociação com descontos de até 98%? Parece absurdo? Nada é absurdo em um ano em que 4,5 bilhões de pessoas foram obrigadas a se trancar em casa por conta de um vírus desconhecido e letal.
Esse feirão existiu, e foi realizado online pela Serasa Experian, em março/2020, para pessoas físicas, micros e pequenas empresas. Há ainda outras muitas oportunidades de renegociação de débitos, que precisam ser utilizadas em tempos de recessão econômica.
Recorrer a crédito mais barato
Antes da crise, você encontrava crédito pessoa jurídica com juros acima de 14% a.a. Hoje, com a disposição de linhas extraordinárias de microcrédito durante a pandemia do novo coronavírus, você pode se deparar com linhas de financiamento a taxas impressionantes de 0,35% a.m. (4,2% a.a.).
Estamos usando, aqui, o exemplo do crédito emergencial do Governo do Estado de São Paulo, mas há também iniciativas em âmbito federal. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo, tem uma linha especial para empréstimo pessoa jurídica com taxa de 0,95% ao ano.
Veja que a resposta sobre como sair da crise passa pela ciência e aproveitamento de oportunidades de financiamento, as quais podem ser usadas não somente para custear a folha, mas sobretudo, para modernização e criação de aparato tecnológico para ter processos mais enxutos e inteligentes. É a história de o “dinheiro deve fazer dinheiro”.
Tirar proveito da fragilidade da concorrência para aumentar seu market share
Mediante a adoção das estratégias citadas acima, a resposta sobre “como sair da crise?” passa também por formular um plano agressivo de avanço sobre o mercado, de modo a ampliar seu market share.
Com muitos concorrentes fechando e outros parados por não enxergar a necessidade de modernização, eis a oportunidade de dar passos à frente dos rivais na direção do vanguardismo. Você pode começar adotando processos automatizados, menos custosos e audaciosos (com ferramentas de gestão baseadas em TI) para atrair novos clientes — em distanciamento social, mas com as mesmas necessidades de sempre.
Encontrar uma forma de prestar seus serviços de forma digital e acessar esse consumidor com necessidades represadas por conta da quarentena são desafios de quem quer descobrir como sair da crise direto para uma fase de crescimento nos próximos anos. Inovação é a palavra de ordem para ampliar participação no mercado em tempos difíceis.
Por que investir em tecnologia?
Por falar em inovação, não há como não perceber que empresas mais tecnológicas sentem menos o efeito da recessão. Isso aponta um indicativo sobre como sair da crise.
Seria o caso, por exemplo, de uma imobiliária que já era digital antes da pandemia, promovendo visitas virtuais em 3D a partir de seu site, Assinatura Digital de contratos e corretores atuando em home office na maior parte do tempo.
Não há dúvidas que uma administradora de imóveis como essa terá muito mais facilidade para se adaptar ao distanciamento social do que outra, imobiliária familiar, que atue com base nos mesmos processos manuais há 30 anos, por insistência “tradicionalista” de seu patriarca.
Não importa se você tem uma imobiliária, um consultório médico, um escritório de advocacia ou de contabilidade: esse é o momento de tornar seus negócios mais digitais, abolindo o papel, assinando digitalmente mediante Certificado Digital e se permitindo experimentar modelos mais modernos de trabalho. Entre eles, trabalho remoto e relacionamento com cliente totalmente online.
A eliminação do papel, a rapidez na assinatura de contratos (ainda que os interessados estejam em áreas geográficas diferentes), o enxugamento dos custos administrativos e, até mesmo, a menor pressão por espaço físico, são variáveis cruciais em um momento de distanciamento social, em que um imprevisto sanitário “empurra” as empresas verdadeiramente ao século XXI.
Afinal, em plena era dos negócios digitais, não há sentido em continuar fazendo gestão de pequenas empresas, por exemplo, com o mesmo fluxo de processos analógicos das décadas de 70, 80 e 90, concorda? Esse impulso à evolução é o que certamente vai salvar muitas organizações da falência em tempos de coronavírus.